retalhos cerzidos

"eles passarão... eu passarinho"

Textos


Anotações sobre um gigante silencioso, por Eric Nepomuceno (prefácio à obra de Juan Rulfo — Pedro Páramo & Chão em chamas —, Editora Record)

Juan Rulfo morreu no dia sete de janeiro de 1986, na mes­ma Cidade do México onde havia chegado em 1935, aos dezoito anos e na mais sombria solidão. Passou seus derra­deiros meses encerrado no apartamento de um prédio de esquina, onde viveu os últimos anos de sua vida frágil, in­tensa e muitas vezes atormentada, na calle Felipe Villanueva, no bairro de Guadalupe Inn. Morreu aos 68 anos, nove me­ses e dezenove dias. Foi enterrado com honras nacionais.
  Passado o tempo, ele continua sendo uma das poucas, quase únicas unanimidades na literatura da América Lati­na: é um dos autores mais estudados e reverenciados, um dos menos imitados. A mais conhecida edição crítica de suas obras completas, coordenada por Claude Fell, da Sorbonne. e publicada em 1992 (houve outra edição, ampliada, quatro anos depois) pela editora mexicana Fondo de Cultura Eco­nómica para a prestigiadíssima coleção Arquivos, da Unesco, tem exatas 1.044 páginas. Reúne textos de estudiosos de grande prestígio, como Alan Bell, Julio Ortega, Gerald Mar­tin, Jean Franco, Angel Rama e Jorge Ruffinelli. Traz ainda depoimentos comovedores de escritores de primeira gran­deza, como o paraguaio Augusto Roa Bastos, o mexicano Car­los Fuentes e o colombiano Gabriel Carda Márquez. Antes e depois, outros autores das mesmas alturas, como o uruguaio Juan Carlos Onetti ou o argentino Julio Cortázar, haviam prestado justa reverência a ele. Não há como evitar o evi­dente: Rulfo é uma espécie de ícone para escritores de li­nhas, tendências, épocas e estilos completamente diferentes.
  Escreveu dois livros invulneráveis e definitivos, os con­tos de El llano en llamas e o romance Pedro Páramo. Porém, o mais curioso tomando-se uma vez mais, e apenas como exemplo, o volume da Unesco é que o número de páginas dedicadas ao estudo de sua obra exígua supera, e muito, tudo que ele escreveu na vida. Das 1.044 páginas do livro coor­denado por Claude Fell, os textos de Rulfo de fragmentos de relatos a esboços de roteiros para cinema, passando por notas para conferências e poemas, e incluindo seu romance e seus contos ocupam menos da metade: 440. Outras 52 são dedicadas a uma selecionadíssima relação de trabalhos publicados ao longo dos anos sobre o autor de Pedro Páramo. Os trabalhos mencionados nesta rigorosa seleção somam mais de cinco mil páginas, publicadas nos quatro cantos do mun­do e em meia dúzia de idiomas.
  Seus dois livros alcançam, em seus manuscritos, cerca de 300 páginas. Houve um terceiro e derradeiro livro, El Gallo de Oro, publicado por insistência de seu amigo, o pin­tor Vicente Rojo. Traz os textos que Rulfo escreveu para cinema, que em seus originais somavam umas 70 página. O título é o do argumento de um filme rodado em 1964. Pois somando-se tudo, o que se escreveu sobre Juan Rulfo reúne pelo menos cinquenta vezes mais páginas de tudo que ele deixou como legado, rascunhos e anotações inclu­sive.
  Rulfo assumia a autoria de dois e apenas dois livros o de contos, publicado em 1953, e o romance, de 1955. Depois, veio o silêncio. Numa série de conversas que tive­mos em diversas etapas, entre 1981 e 1983, para um de­poimento mais longo que nunca se concretizou, ele falava de mil e um assuntos para voltar sempre à mesma frase: “Eu tinha o voo, mas cortaram minhas asas. Perdi”. Assim explicava seu silêncio. Jamais esclareceu quem havia cor­tado suas asas, talvez por pressentir que haviam sido cor­tadas sobretudo por ele mesmo.
  Na verdade, nunca houve na América Latina um escritor mais silencioso que Rulfo. Este gigante em silêncio foi cer­tamente o maior escritor mexicano do século XX, um dos maiores da América Latina e da literatura de todo o mundo em seu tempo. Seus dois e solitários livros foram suficientes para instalá-lo, de vez, no pedestal reservado aos mestres dos mestres. Na América Latina, são poucos, pouquíssimos, os autores que, como ele, dividiram o cenário das letras em um antes e um depois. Foi dono de técnicas de escrita espe­cialmente audazes e modernas em seu tempo, e com elas tornou universal uma realidade local. Escreveu e revelou o mundo de seus fantasmas e esperanças, e assim, nos reve­lou o mundo de todos nós.
  Em 1953, enquanto Josef Stalin morria na União Soviética e Abdel Gammal Nasser subia ao poder no Egito, um acordo de paz foi assinado na Coréia, e na Itália Marc Chagall apre­sentou em Turim uma gigantesca e esplêndida exposição. Foi o ano em que Saul Bellow publicou As aventuras de Augie March e George Stevens mostrou ao mundo seu filme Shane, que no Brasil seria batizado com o absurdo título de Os bru­tos também amam.
  No México, um homem chamado Carlos Juan Nepomu­ceno Pérez Rulfo Vizcaíno eliminava quatro de seus seis nomes para aparecer na capa da primeira edição de um livro de contos editado pelo Fondo de Cultura Económica com o título de El Llano en Llamas: ali, em letras de fôrma, nascia Juan Rulfo. Aliás, esse nome extenso, iniciado por Carlos, aparece numa das duas certidões de nascimento do escritor. Na outra, a ordem muda: é Juan Nepomuceno Carlos, e depois vêm os sobrenomes. Com mais um detalhe: Rulfo não consta­va do batismo original, foi incluído depois, em homenagem ao avô paterno. Em alguém cuja vida foi tão cercada pelas névoas do mistério e da imprecisão, nada é surpreendente. A partir de El llano en llamas, ele perpetuou-se como Juan Rulfo.
  Naquele 1953, estava com 35 anos, era pai de dois fi­lhos e trabalhava como vendedor da fábrica de pneus Goodrich-Euzkadi. Antes havia sido funcionário do Serviço de Migração e antes ainda, vendedor ambulante de uma pe­quena fábrica de pulque, uma fulminante bebida fermenta­da do líquido de determinado cacto.
  Havia publicado alguns contos cinco em revistas literárias. Em 1938, iniciou um romance chamado El hijo del desconsuelo, que jamais terminou. “Era muito retórico, cheio de filosofices, metafórica, enfim, era muito ruim”, co­mentaria décadas mais tarde com os amigos. Dizia que ti­nha começado a escrever para combater a solidão.
  Em alguns círculos literários, os contos esparsos que Rulfo havia publicado em revistas e suplementos a partir de 1945 chamaram a atenção. Ao reuni-los num único vo­lume, El llano en llamas, seu prestígio aumentou bastante. Passou a ser considerado um novo expoente da literatura regionalista mexicana, mas essa visão durou quase nada. É que uma leitura mais minuciosa deixava claro que seus contos rompiam qualquer classificação, negavam-se a ser reduzidos a determinado rótulo. Havia, naqueles relatos ao mesmo tempo áridos e extremamente poéticos, o manejo de novas estruturas narrativas que escapavam a tudo que ha­via sido feito antes. Na literatura de Rulfo palpavam-se ecos de outros autores que, na verdade, pouquíssima ou nenhu­ma gente conhecia no México. Eram ecos longínquos, já que serviam somente de base para que ele forjasse um es­tilo absolutamente próprio onde acomodar sua voz singular: a literatura russa do século XIX, autores nórdicos que havia lido em minúcia.
  No romance abandonado, escrito “para combater a so­lidão”, a temática não era rural. Ao revirar o núcleo de sua própria trajetória, a infância desolada no árido e violento estado de Jalisco, as raízes mais fundas da memória, ele encontrou o ambiente e as vozes mais apropriadas para de­senhar seu mundo definitivo. E o polimento extremo de seus textos, reduzidos à essência e reforçados em sua consis­tência, acabou por se tornar a grande característica de Rulfo.
  A linguagem de seus personagens é sempre a mais pró­xima possível da fala do campo. O cenário é descrito com exatidão: nada sobra, nada falta. Há sempre expressões po­pulares, porque o narrador é, sempre ou quase, um homem do campo. “Eu não queria falar como um livro escrito, mas escrever como se fala”, disse Rulfo em mais de uma oca­sião. Que ninguém confunda, em todo caso, a busca de uma linguagem popular depurada e rigorosa com qualquer inten­ção deliberada de se encaixar nos limites da literatura rea­lista ou da regionalista, ou do experimentalismo baseado na busca do coloquial extremo. Nada disso: era apenas o ins­trumento utilizado pelo autor para alçar seu voo único, irrepetível, exemplar e permanente.
  Naquele mesmo ano de 1953 Rulfo ganhou uma bolsa do Centro Mexicano de Escritores, para escrever um roman­ce cujo título inicial era Los Murmullos. Mudou o título as­sim que começou a trabalhar: entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro daquele ano, anotou numa espécie de rela­tório periódico que encaminhou ao Centro:
Escrevi vários fragmentos do romance que penso em chamar de Los desertos de la Tierra.
  Um ano depois, quando terminou a primeira versão do livro, ele entregou ao Centro Mexicano de escritores as 127 páginas definitivas de seu romance, que havia retomado o titulo inicial de Los murmullos. Essas páginas tinham várias correções, a maioria delas feita em tinta preta. Havia uma em tinta azul. Seriam publicadas em 1955, com outro titulo, definitivo e decisivo, e que ainda não tinha aparecido nas anotações: Pedro Páramo.
  Anos depois, Octavio Paz mencionou que o trabalho da­quela geração com destaque específico para as 127 pági­nas de Juan Rulfo marcou o tempo da verdadeira fundação de uma nova literatura, que “transformou os latino-ameri­canos em seres contemporâneos de todos os homens”.
  Até o fim de seus dias, Rulfo haveria de se lembrar que daquela primeira edição ele deu de presente aos amigos a metade; a outra metade precisou de quatro anos para ser vendida. Não houve nenhuma avalancha de elogios entusias­mados da crítica, não houve nem rastro de uma multidão de leitores. O romance provocou certo impacto, e uma vez mais reforçou atenções sobre aquele escritor de aparência frágil e corpo miúdo. Mas não apareceu ninguém para dizer que aquelas 127 páginas meticulosamente datilografadas concentravam uma das maiores obras do romance contemporâneo, talvez o melhor romance mexicano de todos os tempos, e que nelas nascia o primeiro escritor latino-americano a se trans­formar em clássico ainda em vida.
  No começo, a caminhada de Pedro Páramo foi lenta. Em 1958, quando o livro ainda nem havia chegado a uma segunda edição em espanhol, apareceu na editora alemã Cari Hanser, de Munique, a tradução feita por Mariana Frenk. No ano seguinte, veio a segunda edição do romance em castelhano, e a terceira do livro de contos. E aquele 1959 acabou sendo um ano redondo para Rulfo: a Grover Press levava Pedro Páramo aos leitores em inglês, e a po­derosa Gallimard ao francês. Em 1961, o romance foi tra­duzido na Noruega e na Dinamarca. Dois anos depois, apareceu a tradução italiana. E a partir daí, Pedro Páramo não deixou de rodar mundo afora. Chegou ao Japão, à Chi­na e a lugares nunca imaginados pelo seu autor. Rulfo con­tou a tradução até 32 idiomas. Depois, parou. Achava muito estranho que o livro tivesse viajado tanto: afinal, insistia sempre em recordar que começou a escrever para comba­ter a solidão.
  Parou de contar as traduções, e parou de se programar para o lançamento do livro novo, que ele não conseguia le­var adiante. Na verdade, a segunda vez que seu nome apa­receu na capa de um novo livro foi também a última: até o fim ele insistiu em dizer que não tinha escrito mais nada que valesse a pena transformar em livro.
  Viveu, de 1955 até o derradeiro suspiro, enfrentando cobranças. No começo, respondia com promessas. Depois, nem isso. Insinuou sempre a existência de um romance aban­donado, cujas páginas foram rasgadas, chamado La cordiliera. Chegou a anunciar o lançamento de um volume de contos chamado Días sin floresta. Se alguma vez existiram esses livros foram condenados pelo autor ao banimento irre­mediável. Mas durante anos, tomaram-se verdadeiros mitos no cenário da literatura da América Latina. Em vão: depois da morte de Rulfo, entre seus papéis encontravam-se ape­nas anotações, fragmentos, pedaços soltos de textos sem co­meço nem fim. Como se ele soubesse, em seu silêncio gigantesco, que seus dois livros já eram suficientes para que nunca mais nada fosse igual na literatura contemporânea da América.
  Pedro Páramo se move entre diferentes tempos, em dis­tintos planos narrativos, e em suas páginas rompem-se to­das as fronteiras entre vivos e mortos. Há vários livros dentro deste romance conciso e contido. Uma história de amor des­mesurado, desesperado e belo; também uma história da in­justiça; outra, de vingança; e mais um painel depurado e amargo da realidade social nos campos do México de uma época imprecisa, e por isso mesmo, permanente; e também a história de um filho à procura do pai; e a de um povoado habitado por mortos e fantasmas. O crítico Jorge Ruffinelli soma, a estas, uma outra variante: “a fábula de um poder que se estraçalha contra o destino, à maneira de O grande Catsby de Scott Fitzgerald”.
  Pois é isso e algo mais. Acima de tudo, o que determinou a grandeza desse livro de Rulfo é sua estrutura narra­tiva tão absolutamente única, seu desenho perfeito, sua arquitetura sutil e exata, a ausência de qualquer excesso. A atmosfera de névoas em que o tempo se faz e se desfaz, as almas penadas que convivem com aqueles que enfren­tam a dureza e a violência de uma vida pautada por uma ordem social asfixiante, invencível, mas na qual os perso­nagens conseguem encontrar a poesia de uma esperança desesperançada.
  A atmosfera de neblina esgarçada, que insinua ambigui­dades, se estabelece de forma esplendorosa já nas primeiras linhas do romance. Custa-se a perceber que, na verdade, o narrador inicial, Juan Preciado, não está falando com o leitor, e sim com outro personagem, a finada Dorotea. E mais: que os dois estão mortos. Assim, de maneira inesperada e com sutileza de equilibrista, vão se confundindo mortos e vivos ao longo do relato, até que essa diferença se dissolve por carecer totalmente de importância: o mundo de Pedro Páramo é outro e são muitos, onde tudo serve para que as peças deste mosaico se encaixem para alcançar a perfeição final.
  Depois de Pedro Páramo não houve mais nenhum livro de Juan Rulfo. Ele foi, sim, o mais silencioso dos escritores latino-americanos. Um gigante que preferiu seguir a lição extrema que indica que quando não há nada que efetivamente valha a pena ser dito, mais vale o silêncio. O que ele havia dito antes já foi suficiente para permanecer valendo a pena para sempre. Em silêncio, como corresponde.

Nota do tradutor
Juan Rulfo era um obcecado pelo corte, pelo polimento fi­nal, pelo secar de um texto até reduzi-lo à mais rigorosa exa­tidão. Ao longo de nosso convívio, que foi de 1974 até a sua morte, lembro-me da insistência com que ele dizia: “No co­meço, você deve escrever levado pelo vento, até sentir que está voando. A partir daí, o ritmo e a atmosfera se desenham sozinhos. É só seguir o voo. Quando você achar que chegou aonde queria chegar é que começa o verdadeiro trabalho: cortar, cortar muito”. Também dizia, com ênfase, que em li­teratura pode-se mentir; o que não se pode é falsificar.
  Ao traduzir seus textos, vivi por dentro esse rigor de Rulfo. Não há nada que sobre, não há nada falso no que ele conta. Entendi, também, que sua obsessão pelo corte, pela exaus­tiva lapidação, estendeu-se ao longo do tempo. Ele alterou os textos, retocou palavras, chegou a alterar a ordem dos contos, expurgou do livro de contos pelo menos um relato “Passo do Norte” durante anos. Para dar uma ideia da persistência de Rulfo, um de seus contos, “E nos deram a terra”, teve, entre sua primeira aparição numa revista literá­ria, e uma das edições “revistas e corrigidas” pelo autor (a 12ª numa tiragem de 100 mil exemplares, de 1975), nada menos que 50 modificações. Conta-se que o pintor Bonnard costumava esgueirar-se pelos corredores do Louvre, levan­do escondidos debaixo do sobretudo pincéis e tinta, para re­tocar seus próprios quadros. Mais do que buscar a perfeição, desfrutava do prazer extremo e certamente angustiado de polir, lapidar. Conheço vários escritores que gostariam de fazer isso com seus textos, a começar por mim. Rulfo, em silêncio, fez isso durante anos.
  Na década de 90, Sergio López Mena dedicou-se à tare­fa extenuante de comparar as diferentes edições dos contos e do romance de Rulfo com os originais depositados no Cen­tro de Escritores do México (Pedro Páramo), nos arquivos da editora Fondo de Cultura Económica (El llano en liamas) e nas revistas onde inicialmente alguns contos haviam sido publicados. Sua conclusão: cada revisão, cada mudança in­dicava ter como objetivo situar de maneira mais profunda as palavras na realidade regional, encaixá-las no comportamen­to de determinados protagonistas e, acima de tudo, alcançar a concisão e uma deliberada ambiguidade. Entre uma e ou­tra versão dos contos, substituiu nomes de árvores, suprimiu descrições, estendeu-se em modificar a narração em modo indireto pelo direto, incluiu expressões populares e mui­tas vezes em castelhano arcaico onde havia linguagem mais usual. Poucas vezes alterou a estrutura do texto: tratou apenas de se aprofundar no trabalho de lapidação e polimen­to. Às vezes cortou parágrafos inteiros; outras, resumiu pa­rágrafos em uma ou duas frases.
  O conto que foi retirado da coletânea em 1970. “Passo do Norte”, e isso depois de ter sido severamente mutilado em edições anteriores, acabou sendo resgatado por ele em edições posteriores, uma década depois. Um sinal claro de que Rulfo não estava satisfeito com o resultado, a ponto de suprimi-lo sumariamente. Nesta edição brasileira, optou-se por incluí-lo em sua versão original e integral. Outro conto, “O dia do desmoronamento”, não aparecia em El llano en llamas até 1970, quando o livro chegou à sua edição. Na mesma edição aparece, pela primeira vez, o conto “A herança de Matilde Arcángel”.
  Também o romance Pedro Páramo sofreu modificações, embora em quantidade significativamente menor que os con­tos, entre 1955 e 1980, quando fez uma revisão final e defi­nitiva. Mas ao longo do tempo, da versão manuscrita aos trechos esparsos publicados em revistas e suplementos, até chegar à edição original, foram muitas e severas as mudanças que Rulfo impôs ao texto. Sua intenção, conforme a conclusão de López Mena, era situar melhor o romance na atmosfera da tragédia e da poesia.
 
Rio de Janeiro, junho de 2004.
 
Eric Nepomuceno
Enviado por Germino da Terra em 28/05/2012
Alterado em 28/05/2012
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